A leucina é um dos aminoácidos de cadeia ramificada (BCAAs), um grupo de aminoácidos muito importante para a saúde muscular. É também um aminoácido abundante no whey protein, sendo essa uma das razões para os grandes benefícios em termos musculares que este suplemento nos oferece.
Como funções básicas e por ser um nutriente estrutural, a Leucina, em conjunto com os demais aminoácidos, é responsável pelos processos anabólicos corporais, o que inclui a construção e manutenção dos tecidos; a formação de enzimas, de hormônios e de anticorpos, além de ser uma importante fonte de energia. (1)
Aminoácidos essenciais
Existem nove aminoácidos essenciais, sendo que três deles são os aminoácidos de cadeia ramificada. Os BCAAs são compostos pela isoleucina, valina e claro, pela leucina. Estes três aminoácidos têm uma particularidade: não são degradados pelas enzimas no fígado, e têm uma maior liberdade em entrar nos tecidos do nosso corpo.
Os BCAAs oferecem vários benefícios a quem treina musculação, como por exemplo na redução do catabolismo muscular. Mas o que existe de importante no aminoácido mais presente no BCAA, a leucina? O que faz este composto tão especial e essencial?
Algumas funções incluem:
- Estimula o crescimento muscular.
- Consegue melhorar a sensibilidade à insulina.
Além de a leucina favorecer a síntese proteica muscular, também regula o metabolismo de células de gorduras (2)
Para que serve? Benefícios
✓ Formação muscular
A leucina é considerada um dos aminoácidos mais importantes que temos para a síntese proteica. Ele torna a velocidade da síntese proteica muscular mais rápida, quando compara a outros aminoácidos, promovendo assim o aumento da massa muscular.
A administração oral de leucina produz ligeiro e transitório aumento na concentração de insulina sérica, fato este que age na estimulação da síntese proteica induzida por este aminoácido, mecanismo este que parece estar relacionado com a capacidade da insulina em aumentar o fluxo de sangue e de aminoácidos para proporcionar o tecido muscular esquelético (3)
✓ Activação mTOR
Diversos estudos sugerem que a leucina ativa o mecanismo mTOR, mecanismo vinculado a produção muscular. O papel da leucina não se limita a ser o condutor da síntese proteica, como também regula todo o processo. Assim, níveis elevados de leucina favorecem a formação de maior volume de massa muscular.
Dentre todos os aminoácidos, a leucina recebe destaque por induzir a liberação de insulina, por estimular a síntese proteica, reduzir a proteólise e, portanto, favorecer o balanço nitrogenado positivo. Estes efeitos acontecem pelo fato da leucina ativar a proteína alvo da rampamicina em mamíferos (mTOR), a qual ativa uma cascata de eventos bioquímicos intracelulares que culminam na fosforilação de proteínas envolvidas na etapa de tradução proteica (VIANNA, 2009). Especula-se a possível existência de receptores de membrana sensíveis à estimulação induzida por aminoácidos essenciais, entre eles a leucina (ZANCHI et al., 2009).
Dose e como tomar leucina
Pesquisas constataram que o uso de altas doses (3 a 7 g) de leucina produziu modificações anabólicas na síntese e degradação de proteína e no balanço nitrogenado, possivelmente por promover a supressão da degradação de proteínas no músculo sem apresentar efeito adicional sobre a síntese protéica. Em contrapartida, baixas doses de leucina otimizaram a síntese protéica no músculo; contudo, não demonstram efeito sobre a proteólise deste tecido (2)
Segundo Gonçalves (2013) pesquisas realizadas demonstram que a suplementação com 4g de leucina por dia, podem ser utilizados para melhorar o desempenho de força durante um programa de aumento de resistência em participantes destreinados. (3)